quinta-feira, 19 de novembro de 2009

(des)controle


perder oportunidades com classe não é para qualquer um. se é que dá para se perder alguma coisa com classe. se dá, eles conseguiram! uma certa classe que eu prefiro não ter, nem receber de volta, porque confunde, desorienta, enfraquece.

um início de história ao acaso, como outro qualquer poderia ser. eles não sabiam que não havia problema nenhum em se comprometer. eles também não sabiam que não havia problema nenhum em não se comprometer. não sabiam de nada e nem queriam saber. certos eles, talvez. decidiram que as coisas sobre o outro seriam descobertas aos poucos. interessante.

em algum ponto perdido no tempo parece que deixou de ser interessante para ele, era o fim do jogo. mais interessante seria conquistar cada vez mais troféus. ele não esclareceu com palavras, mas com atos, certa indiferença que para ela era fatal. e ela desistiu, antes que fosse tarde para isso.

como de costume quando se é jovem, eles achavam que tinham tudo nas mãos e que sabiam exatamente o que estavam fazendo, mas eles não sabiam. não sabiam que aquelas garotas com quem ele se divertia não chegariam aos pés dela. não sabiam que aqueles garotos com quem ela se divertia não chegariam aos pés dele. as outras pessoas não cantariam as músicas que eles gostam, não aceitariam tomar café a qualquer hora do dia ou da noite em qualquer lugar. as outras pessoas não deixariam de tentar explicar nada pelo desejo que sentissem, não trocariam o dvd pelo vinil. as outras pessoas cobrariam palavras, não se bastariam no silêncio, no toque.

sorte das outras pessoas, que não são mais ou menos expostas, mais ou menos compreendidas. sorte de quem não tentou se resguardar por trás de um mistério que na verdade não significava nada. azar deles que não se entenderam, desistiram e não sabem que o que havia de melhor não estava ainda nem perto de ser descoberto e talvez tenham perdido uma oportunidade daquelas difíceis de se ter de novo, por medo de perderem o controle, tão necessário controle praquelas mentes que não sabiam de nada.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

o sábio


o sábio deixa os sentidos fluírem naturalmente. é da natureza humana aprender assim. o raciocínio é lógico, a filosofia é cultural. com isso as respostas surgem sem necessidade de questionamento.

domingo, 30 de agosto de 2009

o ciclo


olhar. gesto. sorriso. bambeio. palavra. toque. respiração. sensação. olfato. paladar. tato. vontade. fogo. energia. ritmo. suspiro. prazer.

paixão.

decepção.

olhar. gesto. sorriso. bambeio...

domingo, 16 de agosto de 2009

coragem de enfrentar...


é extremamente difícil começar a escrever sobre o que vou escrever hoje. mas eu vou tentar.

há dias ela não saía da cama. eu já a tinha visto assim, mas descobri que nunca antes soube os reais motivos. sentei ao seu lado e disse para ela se levantar, que era psicológica a doença e ela tinha que retomar o controle. ela me olhou como quem precisava me contar algo, como quem pedia ajuda desesperadamente. eu não sabia bem o que fazer, porque quem pedia ajuda a ela até para as coisas mais patéticas era eu. em tantos anos, era a primeira vez que eu via aquele olhar.

pedi para ela me falar o que era. ela disse que não podia, que eu teria vergonha, que eu teria raiva. como um amor tão puro podia criar raiva como fruto? o que de tão grave ela podia me dizer? eu, mesmo com um aperto enorme no peito, insisti que confiasse em mim, que eu jamais a julgaria. ela não aguentou, começou a chorar como uma criança em desespero que precisa da mãe. eu fiquei paralisada no início. insisti, usando palavras de carinho.

sabendo que o mais difícil de suportar para mim são as lágrimas dela, segurou a minha mão, ainda em prantos. começou a me contar coisas sobre a vida dela, a nossa vida. as palavras dela custavam a sair, ao contrário das minhas lágrimas. ela contava e pedia ajuda ao mesmo tempo. comecei a sentir algo tão intenso como jamais havia sentido, a abracei como jamais havia abraçado. nós duas sentíamos uma dor imensa que logo misturou-se a um pouco de esperança. eu tentei respirar fundo e fazer o meu papel. disse que não estava absurdada, que as minhas lágrimas eram causadas exclusivamente pelo sofrimento dela, que eu ia ajudá-la mesmo que fosse a última coisa que eu fizesse, mas para ela ficar tranquila. sim, em meio a tudo, pedi para ela ficar tranquila, porque eram só problemas que a gente ia resolver. para ela não dar tanta importância a isso. ela, supresa, não entendeu como não dar importância a tanto sofrimento. expliquei que entendo a sua dor, mas o sofrimento deve ser aliviado com o que de bom temos nas mãos, com a capacidade da superação e com a coragem de enfrentar as coisas. pedi sorrindo para ela se levantar porque eu queria levá-la para tomar um café, que faríamos o que fosse necessário, mas enquanto isso não daríamos as costas para a vida.

ela se levantou, me disse que se soubesse que eu ficaria ao seu lado dessa maneira já teria desabafado há muito tempo. na manhã seguinte me acordou com um beijo e um grande sorriso, "olha filha! já levantei!". e essa frase foi para mim tão aliviante quanto para ela o meu sermão do dia anterior. as coisas têm sido difíceis, mas a minha certeza é única: as coisas vão melhorar, porque é assim que tem que ser.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

pequenos detalhes, grandes prazeres


estava eu aqui ouvindo música e tomando vinho. a cabeça meio vazia, meio cheia. meio sussegada, meio frenética. eu sou mesmo cheia de contrastes, mas não é disso que eu quero falar. comecei a pensar em café, em fumo e em transar ao som dos ramones. é! vícios, grandes prazeres. imoral? há quem diga que sim. me importar? definitivamente não. aliás, do que se trata a moral? relativo, como tudo na vida o é.

o café. ah! o café e todas as suas variações! do puro àquele com toque de baileys pelo qual me apaixonei um dia desses. os que não são viciados em café que me perdoem, mas não há para mim aroma que melhor aflore os meus sentidos, nem sabor que me realce o raciocínio (i)lógico com tamanha classe. digam o que queiram, mas o momento do café é sempre único, para apreciar a vida e a si próprio, aquecer o corpo e a alma. combustível. viver com prazer e morrer de dor no estômago (relativo).

não fume, não morra, não mate? não proiba. não limite. cada um sabe de si, ou não? senso. respeito. sendo assim, que seja. há o fumo que relaxa, o cigarro que ocupa mãos neuróticas e desocupadas, fumaça que entra pelos pulmões a fim de acalmar um coração. fumo que deixa 20% mais sexy, teoria irrefutável, comprovada cientificamente. viver com prazer e morrer de câncer (relativo).

se eu falo muito abertamente sobre sexo? ah, jura? pois fale também, isso não é mais tabu para ninguém. isso não define o que eu faço e, muito menos, quem eu sou. saludos a quem é capaz de enxergar, babaca quem não é. enfim, como eu dizia... transar ao som dos ramones, certo? eu acho de verdade que certas músicas têm uma sonoridade própria para isso, quase que proposital. energia, ritmo, movimento. Je ne sais quoi. viver e morrer de prazer.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

em crise


me pergunto por onde anda a minha inspiração. procuro por todas as partes do meu corpo e não encontro. talvez esteja escondida nos becos úmidos da minha consciência, cheia de infiltrações. ou diluída no sangue que passa rápido demais pelas minhas veias. às vezes, quando leio uma poesia, sinto que fica perdida entre uma rima e outra. talvez, misturada com a frequência de uma bela música em dó, vai embora através dos meus olhos, em forma de lágrimas sem explicação.

sei que perdi a inspiração em algum instante no tempo, entre o centro do topo do meu cérebro (responsável pelas sensações) e as minhas palavras ou a ponta da caneta. de repente estou andando demais pela avenida paulista, aí então as ondas que saem do alto das torres estão afetando o meu cérebro e o problema, entretanto, seria mesmo direto na fonte e não em algum instante no tempo. a digitalização quem sabe! agora tudo é código binário e eu continuo no esquema analógico, meu sistema não sabe mais decodificar. e agora?

enquanto eu procurava por respostas diretas, percebi que estava tão focada na grande crise do entendimento que não via um anjo vestido de vermelho que fica o tempo todo ao meu lado, me dizendo que eu perdi a minha inspiração dentro dos seus olhos, que a saudade que eu sinto é o vazio que foi deixado quando os seus olhos roubaram a minha inspiração e a vontade de tê-la de novo, trazendo você junto dela.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

senta, pede um café


das últimas vezes, olhei para você e tive vontade de te levar para longe de todo mundo, onde ficássemos só eu e você. ninguém para atrapalhar. nada para distrair. levar você para o nosso universo paralelo. te dizer pelo menos um terço de tudo de mais puro que estou sentindo e todas as más intenções que tomam, ultimamente, os meus loucos pensamentos.

lá, nesse universo, te tocaria devagar, enquanto faria você entender que é o único que quero ter desde quando nos beijamos pela primeira vez. num beijo, mais intenso que todos já dados, encontraria a coragem necessária para te convidar para dormir comigo. dia frio, cama quente (não tanto quanto os nosso corpos ficariam). no deslize das mãos, a coragem de pedir para não ter que me despedir de você, para você não me largar mais. finalmente, quando estivéssemos ocupando o mesmo espaço no tempo, quando todo resquício de razão fosse embora, conseguiria suspirar baixinho que eu gosto de você. eu gosto de você. entre gemidos... dizer... como eu gosto de você. e não há nada de errado em se comprometer. ou há?

eu quero sentar, pedir um café. dizer o que quiser. esperar o sol baixar, vai esfriar.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

antropofagia


escrevo para
comer alguém
e que alguém
me coma
com todos
os pressentidos
que este poema
contém

(Aroldo Pereira)

terça-feira, 5 de maio de 2009

amor é sentido, sinestesia


sonhei. como se o tempo houvesse retrocedido dois ou três anos. sonhei.

era ele, me dando algum sinal. ele veio me encontrar em espírito para me ensinar a ser como eu era, como eu sei ser. o meu amor esquecido, sem jamais ter sido realmente esquecido. o meu grande amor esquecido, enterrado em algum lugar escondido do meu corpo, ele veio me dizer o que eu queria ouvir. aquele, que está guardado comigo como uma flor seca fica guardada dentro de um livro, sem nunca desaparecer completamente. oh! meu ex-amor, sempre-amor, meu rico e brando paradoxo!

eu estava num sítio, que cheirava a flores do campo. meditando. quando resolvi entrar no quarto para trocar de roupa, ele estava lá, deitado na cama, com aquele mesmo sorriso de quatro anos atrás que eu nunca me esqueci, o mesmo da primeira vez que o vi. imediatamente fugi dele! e em todos os lugares para onde eu ia, ele estava, com aquele sorriso e a mexa de cabelos caindo nos olhos. e eu fugia! eu? correndo para o lado oposto de tudo que há de mais passional em mim? por quê?

ele me encurralou, me tocou, me fez tremer de calor (meu paradoxo). meu corpo frágil, passivo, domável, perto dele (minha falta de razão), transportava-se para longe. o meu amor passado disse para encontrá-lo ‘lá em cima’. eu fui.

sentei-me ao lado dele, que me disse coisas do passado, coisas sobre mim, sobre ele, sobre nós. me abraçou e, olhando bem fundo nos meus olhos, me repreendeu ‘pára de fugir e segue o coração. segue o coração!’. tão nítido e... era isso! perguntei como e ele me beijou de um jeito intenso. intensidade, coração, paixão, desejo, vontade, coragem.

eu entendi, meu amor! você é a minha melhor conotação.

amar é verbo, único. amor é sentido, sinestesia.

você ainda é a minha maior inspiração.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

qual a criança


(...)

fiquei com menos ar ainda. meu oxigênio foi todo embora. nem sei como meus órgãos ainda funcionam e meu sangue ainda segue o fluxo.

preciso de uma máscara de oxigênio nesse dia tão atípico e infernal. meu cérebro vai explodir! e meu coração vai poder ser doado facilmente, porque vai demorar a parar de bater, do jeito que está a frequência.

eu acho que o que me mantém viva é a frequência das ondas sonoras que vêm do fone de ouvido. como se fosse um desfibrilador em hertz, mas para o cérebro. ou um fibrilador para o coração, para ele desacelerar.

ah não! essas músicas no aleatório ainda me matam! unchained melody na voz do elvis vai desacelerar tudo. tá... mais fraco... mais... fraco.........


protegendo você nos meus braços pequenos
eu sou muito menos
eu sou muito menos
do que o sonho exige de mim.

sábado, 25 de abril de 2009

santa esbórnia


hoje eu vou sair para esquecer da crise,

esquecer dos meus problemas,

esquecer dos problemas dos outros,

esquecer de você,

de você e de você e de você também!

eu vou e quem quiser que me acompanhe.

hoje eu só não abro mão da cerveja,

não abro mão da sinuca.

tequila! quiçá tomar três ou quatro doses

doses de mim, doses de alguém...

hoje eu vou sair para gritar na rua,

usar das roupas a mais ousada

e flertar com um estranho.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

ao som de elvis


ela acordou com o toque do telefone. era alguém para falar de trabalho, negócios, dinheiro... não sei ao certo. nem ela sabe, não prestou a mínima atenção, não lhe interessava. só queria voltar para o sonho que estava tendo e que era o mesmo quase todas as noites, ultimamente. é por isso que ela não gosta de telefone.

desistiu de tentar dormir de novo. inclusive, desnecessário dormir, ela continuava sonhando assim acordada, mesmo quando ocupada.

ela sabe das coisas que uma mulher esperta deve saber. a diferença entre sonhar e realizar. entre pensar e racionalizar. uma mulher esperta sabe quando um homem está jogando e sabe que, se antecipando, pode dar as cartas. ela sabe quando há malandragem ou não, sabe quando o que ela ouve é único ou se é ouvido por tantas mais. uma mulher esperta é sempre única e, se um homem não descobre isso, outro descobre. por último, mas não menos importante, essa mulher não deixa nada disso claro. se quiser, o homem descobrirá sozinho se ele é o único que ouve certas coisas que ela diz. e um homem esperto sabe que a malandragem nem sempre é exclusividade deles e que é ele que vai desvendar cada caso e cada mulher.

sim, ela sabe disso tudo, mas se esqueceu desde que começou a sonhar. ao passo que fica passional, também fica passiva e deixa de dar as cartas.

uma mulher esperta sabe que deixar a racionalidade de lado de vez em quando é arriscado, mas é bom!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

only fools rush in


ao tentar te decifrar me pus louca.

as músicas que estou ouvindo são todas culpa sua. e como não seriam, se ao tentar me influenciar me pus apaixonada?

tentei não jogar as minhas fichas todas de uma vez só à sua genialidade, à sua autenticidade. tentei não me descompor diante do seu encanto. não deu.

como se não bastasse começa a tocar 'understand your man' do grande johnny cash. como as coisas são!

dia desses estava na aula de linguagem audiovisual, te via na tela. num outro, direção de arte, você era o tema do cenário.

sua alma está em tudo o que eu vejo, sua energia quer roubar a minha toda.

perto de você nem sei. perto de você só sei. perto de você...

noutro dia suas mãos pegaram as minhas, me pus forte. mas me pus mais fraca ainda. forte, porque as suas vibrações são lindas. fraca, porque não eram só as minhas mãos entre as suas, mas eu inteira fiquei entre as suas mãos.

seu maldito! se faz o único que não consigo decifrar. me faz babaca, me faz passiva.

não faz mais assim, te suplico! me explica, me ensina, me esclarece, me deixa te agradar. me diz os seus defeitos para que eu possa me controlar.

me toca de novo e de novo e de novo, até eu desistir de pensar. obrigada!

wise men say only fools rush in
but I can't help falling in love with you

sexta-feira, 13 de março de 2009

a resposta de 'ser ou não ser' é ser


comprei incenso de patchuli, colhi algumas hibiscos, olhei para a lua cheia e pedi bem forte para que seus pensamentos chegassem até mim.

eu e você... seria... seria... indescritível. mas eu vou tentar assim mesmo.

eu faria você dormir cansado, mas pleno. te acordaria usando a boca onde você mais gosta que eu a use. faria você rir da sua própria cara descrevendo seu jeito peculiar que eu tanto gosto. aliás, faria você rir de tudo. te deixaria bilhetes tendenciosos onde você menos pudesse imaginar. me entregaria por inteiro, da cabeça aos pés, da mente à alma. quando você estivesse nervoso, te tocaria nos pontos certos para te acalmar. quando preguiçoso, faria você querer correr, correr atrás de mim para ganhar um prêmio no final. te surpreenderia para sempre. usaria lingerie cor de vinho e piteira quando quisesse. quando preferisse, usaria nada. revelaria meus segredos a você, só a você. faria você me revelar os seus. você me desejaria com seu desejo inteiro. como eu faço por você. afrodite nos invejaria. baco quereria entrar nas nossas festas particulares. seríamos a própria fome, o próprio fogo. seríamos a essência de tudo que fosse natural. seríamos eu e você. seríamos nós. nos perderíamos nessa dimensão distante onde viveríamos. enlouqueceríamos.

e assim seríamos se você soubesse como seríamos.

e assim seremos se assim você escolher.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

piada cruel


estou ouvindo uma música que começa dizendo "várias coisas me atormentam quando tento entender os dilemas desta vida" e as coisas são bem por aí mesmo. pretensão imaginar que só eu sou assim, para começar que o compositor também é afinal de contas, mas vou dizer que retrata bem muitos momentos pelos quais eu vou passando. quando tento entender os dilemas da vida a paranóia toma conta de mim como se fosse um distúrbio não conseguir pensar em mais nada, o que não é muito saudável, já que a vida toda é feita de dilemas.

logo depois dos primeiros instantes, a música vai se desprendendo disso e se entrega aos sentidos, assim como eu. "suspira baixinho. me mata, meu amor! nesta cama eu te amo com o meu pequenino coração.". é um paradoxo, mas o que começa como uma filosofia, transforma-se em algo totalmente passional, aí é que o bicho pega! minha mente fica toda embaralhada. o que eu penso não condiz com o que eu sinto. os fatos não condizem com a minha intuição. o que eu devo fazer não é o que eu quero fazer.

dia desses o horóscopo me disse que com astúcia eu conseguiria realizar os meus desejos. da última vez eu tentei ser astuta e não devia. e agora? dessa vez não estou sendo, mas há quem diga que devo ser. complicado... isso tudo é porque cada pessoa é diferente da outra, principalmente os homens. esse é mais diferente ainda, isso é fato. e a música continua aqui...

ouvi de uma amiga algo muito sábio quando estava tentando explicar a ela o que senti. ela me disse que uma energia intensa não fica parada, ela circula. se com um toque eu senti aquela energia, diz ela que ele também sentiu. agora é esperar. e ao contrário do que eu já disse aqui neste mesmo blog, esperar por algo que eu sei o que é. naquela mesma ocasião dizia eu que queria poder lutar pelo que eu tanto desejava. agora a situação é outra, o sentimento é outro, o personagem é outro... mas se existe desejo e eu posso lutar, preciso ter a coragem de um autêntico escorpiano e ir atrás desse fascinante desconhecido.

apostei com essa sábia amiga uma garrafa de cerveja. ela disse que daria certo e eu disse que não. esse meu otimismo ainda me mata! e a ironia também! o que sei é que não consigo parar de ouvir can't help falling in love do grande elvis. e que não paro de pensar nele nem por um segundo. sei de una cosita más, eu adoro ser passional!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

'merchan'


hoje vou postar só pra divulgar o peruano e todos os latinoamericanos (eu acho que a nova regra é assim... não? deixa pra lá!).

é o blog em conjunto meu, da karla e da marcela. o primeiro texto postado foi da marcela, depois a karla, depois eu e esse é o ciclo. em caso de dúvidas é só ler postado por.

enfim, acompanhem, será baseado em coisas do cotidiano. por que a gente resolveu fazer um blog em conjunto? não sei, as coisas feitas de coração não precisam de justificativas.

http://www.operuano.blogspot.com

volto a postar aqui quando... não sei quando! mas volto.

um beijo, um queijo e tudo mais!

sábado, 24 de janeiro de 2009

o fim da inspiração


numa conversa entre amigos:
- me contaram sobre o fulano.
ela vira-se e abaixa a cabeça.
- então é verdade?
- verdade pura, meu amigo. e como é dura!
- se eu bem conheço o fulano, luta por ele, talvez tendo um plano...
- não! - volta a baixar a cabeça - ele gosta dela.
- como sabe?
- ele gosta dela.
- aposta?
- ele gosta!!
ela responde decidida. põe fim com uma bela despedida.
- e você vai fazer o quê?
- por mim já é o fim. eu estava debaixo de uma tempestade de gotas d'água. meu céu quis se abrir e, três anos depois, o chão já secou. foi intenso o bastante enquanto durou e agora... acabou.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

comer, beber, amar e morrer


durante uma viagem de férias tudo pode acontecer. e ela sabe onde ele mora. toca a campainha, sem demora...
- fulano...
- fulana... você tá bonita como eu imaginava.
- precisava te ver, desculpa aparecer.
- tudo bem. se eu não tivesse namorada, eu juro...
ela apaga as luzes.
- não me importa. não me interessa. se você soubesse! eu não vou deixar... não vou deixar não acontecer.
fala enquanto se aproxima, até que toca nele.
- você é sempre sexy assim?
- não. só me entrego assim a você, não me pergunte por quê.
- e se eu me apaixonar?
- e se eu disser que para mim já é tarde?
- não. não me toca assim!
- amor, não resista a mim.
(...)
sem pensar mais, roupas pelo chão, horas de paixão.
- eu acho que para mim também ficou tarde.
- ah! eu só posso estar sonhando! 

sigo comendo, bebendo, amando e morrendo... morrendo e amando...