terça-feira, 27 de abril de 2010

perdendo o norte


não dá tempo de pensar.

ele tira a camisa e os tênis. ela tira os sapatos e a meia fina. ajuda-o a tirar a calça jeans. morde o zíper e abaixa. ele perde o norte.

antes de tirar o vestido, ela joga-o com voracidade no colchão e, com a boca, desbrava a pele dele, de cima para baixo, até chegar ao ponto crucial. ele delira.

as posições invertem, agora sem vestido. sem nada. ambos em pele, exalando pecado mortal. ele a excita, até que o quarto escuro e bagunçado fique pequeno demais para tanto desejo.

de forma incrivelmente natural, agora eles são um só corpo. mais do que instinto. intensidade extrema.

fica difícil respirar. os corpos flutuam a dimensões de altura. o corpo dela faz movimentos involuntários. ela quer parar, porque parece que aquele é o limite e ela vai explodir. eles estão prestes a morrer de desejo. ela precisa parar, mas não consegue.

o orgasmo é o paradoxo tomando forma dentro deles. eles querem retomar o ar, eles querem perdê-lo todo.

os suspiros ficam mais intensos, cada vez mais. depois calam-se, dando espaço ao tal paradoxo, que vem para fora em textura pastosa.

foi só a primeira. eles só conseguirão dormir ao amanhecer, quando as pernas não aguentarem mais. cairão no sono, plenos, um dentro do outro, sorrindo.

8 comentários:

Unknown disse...

....eu realmente desejo intensamente com todo meu eu que concretize cada palavra sua.

Bruno disse...

Ora Bolas!!!

Kiya disse...

Inspirador.

Anônimo disse...

nossa :O

Karla Marrocos disse...

ia fazer o mesmo comentário que o bruno. que sem graça!

Anônimo disse...

quantos nortes você quer perder?

Víquetor disse...

pena que era finiho.

Marta Pinheiro disse...

HAHAHAHAHAHAHA!