das últimas vezes, olhei para você e tive vontade de te levar para longe de todo mundo, onde ficássemos só eu e você. ninguém para atrapalhar. nada para distrair. levar você para o nosso universo paralelo. te dizer pelo menos um terço de tudo de mais puro que estou sentindo e todas as más intenções que tomam, ultimamente, os meus loucos pensamentos.
lá, nesse universo, te tocaria devagar, enquanto faria você entender que é o único que quero ter desde quando nos beijamos pela primeira vez. num beijo, mais intenso que todos já dados, encontraria a coragem necessária para te convidar para dormir comigo. dia frio, cama quente (não tanto quanto os nosso corpos ficariam). no deslize das mãos, a coragem de pedir para não ter que me despedir de você, para você não me largar mais. finalmente, quando estivéssemos ocupando o mesmo espaço no tempo, quando todo resquício de razão fosse embora, conseguiria suspirar baixinho que eu gosto de você. eu gosto de você. entre gemidos... dizer... como eu gosto de você. e não há nada de errado em se comprometer. ou há?
eu quero sentar, pedir um café. dizer o que quiser. esperar o sol baixar, vai esfriar.