quarta-feira, 23 de setembro de 2015
holly degenerada - bonequinha de luxo, blake edwards (1961)
quando começa a se despir a burguesia, um olhar escuso viciado em hipocrisia pede socorro ao próprio ego.
ela - gabriella vergani
foto - marta pinheiro
arte - beatriz mazarak
projeto degeneradas
sábado, 25 de abril de 2015
dorothy degenerada - veludo azul, david lynch (1986)
obcecada pelos próprios vícios, 'blue lady' se afoga num poço de nada. ela é, por natureza, a antagonista dela mesma.
contrapondo os olhos distantes de dorothy, o ambiente reflete o estilo de vida do sonho americano. dentro de nós, não existe paraíso.
ela tenta, mas o amor dela é feito de plástico. donny é a vida ideal e irreal, que ela agarra com todas as forças, é a corda que salva e mata ao mesmo tempo.
insanidade disfarçada, sociedade degenerada.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
maria degenerada - metrópolis, fritz lang (1927)
um simbolismo oculto, espelhamento dos opostos, dormência mental.
o poder vem dos olhos de maria, passa pelo corpo dela e chega aos trabalhadores, em forma de desespero.
espaços amplos representam o vácuo sensorial das profundezas, reforçado pelos mediadores do equilíbrio. equilíbrio para quem?
maria prega, religiosa, de peito nu. a robô, da mesma forma, prega, ditadora, pecadora.
dois lados da mesma moeda, como na imagem do selo hermético de salomão, onde os extremos se tocam.
“o mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração”, liberdade de interpretação... fritz lang e thea von harbou antes do holocausto.
manipulação velada. humanidade degenerada.
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